Pra mim, uma das partes mais legais de produzir uma HQ são os eventos de lançamento.

Escrever e desenhar histórias em quadrinhos podem ser atividades muito solitárias. É um trabalho que demanda tempo e concentração e é preciso um certo isolamento pra dar conta de fazer tudo em um período de tempo razoável. E, no processo, é impossível prever qual vai ser a reação do público ao trabalho, o que pode causar bastante ansiedade.

Fiquei muito feliz que conseguimos encaixar os primeiros lançamentos de Um lugar do caralho em Santa Maria. Não podia ser de outra forma, sendo um quadrinho que se passa lá e tendo uma grande parte dos apoiadores do projeto de financiamento coletivo na cidade.

A primeira parte da “turnê” de lançamento da HQ foi uma festa com o tema da Boate do DCE no Gárgula Bar. Foi bom demais encontrar tantos amigos e conhecer tanta gente nova, ainda mais ao som da nostálgica trilha da Boate. E tudo isso foi muito potencializado pra mim porque foi a primeira festa a que fui depois do início da pandemia.

No dia seguinte fizemos um lançamento na Feira do Livro de Santa Maria. Aqui uma pequena confissão: lá no início, quando estava começando a elaborar a HQ, ficava imaginando como seria legal e simbólico se conseguisse lançá-la na Feira. O desejo se realizou e fiquei muito feliz com a quantidade de pessoas que apareceram por lá, afinal não é sempre que encontramos tantos amigos, familiares e conhecemos tanta gente incrível. A organização da Feira foi muito solícita e a parceria com a Terra X Comics foi essencial pra fazer acontecer.

Um pouco depois tivemos dois eventos em Porto Alegre: A Feira Gibizeira e a Garganta. Gostei demais de participar de ambos, principalmente porque cada um tem um perfil bem próprio e, em certa medida, diferente dos eventos de HQs que costumo ir com mais frequência. No que escrevo este texto, ambos já tiveram mais uma edição e com Um lugar do caralho marcando presença, mas infelizmente não pude participar. Mas certamente estarei em alguma das próximas!

E então veio o FIQ, o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte. Eu estava ansioso pra participar deste evento porque nunca tinha ido em nenhuma edição e sempre ouvia falar maravilhas de todos os quadrinistas que já foram em alguma. E o FIQ não decepcionou. O contato com o público foi maravilhoso, é sempre muito legal ver alguém parar na minha mesa porque reconheceu o título da música na capa da HQ. Mas o melhor foi o convívio com quadrinistas, editores e todo mundo que trabalha com quadrinhos e que estava lá. Já havia participado de eventos grandes (como a CCXP e a Bienal de Curitiba), mas admito que foi no FIQ que me senti, pela primeira vez e de verdade, parte desse grupo incrível de pessoas. Agora já sinto que posso sair por aí dizendo que sou quadrinista, sim.

Ainda nesta perna inicial do lançamento de Um lugar do caralho, tivemos a ComicCon RS e a ComicCon Floripa. São dois eventos com tamanho e estrutura parecidos, que já participo há anos e tenho um carinho bastante grande. A CCRS é jogar em casa, então o principal atrativo pra mim, enquanto artista, é reencontrar os amigos aqui do sul.

E a CCFloripa deste ano vai ficar muito marcada pra mim porque foi o primeiro evento em que vendi todas as edições que levei. Nunca tinha experimentado isso com nenhuma HQ anterior.

No meio de todas essas viagens e eventos, fui recebendo diversos feedbacks maravilhosos sobre a HQ. Reviews bastante positivos em sites e páginas de redes sociais importantes do meio. Tudo isso contribuiu pra fazer de 2022 um ano do caralho, um dos melhores da minha vida e certamente o melhor da minha carreira de quadrinista. E como eu costumo dizer com relação aos meus projetos de quadrinhos, o próximo (ano) vai ser melhor!

Lançamento do quadrinho no bar Gárgula, em Santa Maria

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E aproveitamos a postagem do Thiago para um convite: sexta-feira, dia 18/11, às 19h, o Mondo Cane Bar em Porto Alegre abre as portas e aumenta o volume pra receber a festa de lançamento de duas histórias em quadrinhos que têm o rock como fio condutor de suas histórias. No cardápio vai ter drinques, cerveja e muita música!

Guitar City Underground 🎻(Editora Draco), lançamento de Ron Selistre e Flavio A. Barboza, mostra a luta do violoncelista Vlaksa Versato para trazer de volta o espírito original do rock ‘n’ roll e reescrever o futuro enquanto ainda dá tempo.

Já em Um lugar do caralho 🤘(editora hipotetica ), de Thiago Krening , quatro jovens frequentadores da Boate do DCE, em Santa Maria, entram na vida adulta cercados de muita música num dos lugares mais legais (e musicais) que já existiu na cidade!

A festa vai contar com a presença de Ron e Thiago, que terão os livros à venda e darão autógrafos a partir das 19h. O bar ainda tem a decoração de artes de Ron Selistre e FrancisK nas paredes! A entrada no evento é gratuita.

O Mondo Cane fica na rua João Alfredo, 325, na Cidade Baixa em Porto Alegre.